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Das antigas

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Resumindo em poucas linhas, a Bones Brigade foi a equipe de skate mais foda de todos os tempos.  Não se liga tanto em skate mas gosta de surf? Então imagine uma equipe mais ou menos assim: Shane Dorian, Mark Occhilupo, Rob Machado, Kelly Slater, Tom Curren e Tom Carrol . Tá bom pra você?

Então, a Bones Brigade foi a equipe que revolucionou o skate em absolutamente todos aspectos na década de 80. Contava com os principais skatistas ícones das diferentes modalidades em vigor na época: Tony Hawk (dispensa apresentações), Rodney Mullen (o major nome do freestyle em todos os tempos e precursor do street skate como conhecemos),  Mike Mc Gill (autor do  McTwist 540o,  a manobra mais emblemática do skate vertical - bowl e half-pipe),  Lance Mountain (um mestre do estilo e da fluidez),  Steve Caballero (na minha opinião, o pai de todos, inventor de manobras que transcederam o próprio skate e foram parar no snowboarding) e Tommy Guerrero (um genuíno artista das ruas que marcou época no street skate).

Se hoje a Bones Brigade Team conta com um documentário exclusivo, mais de 100.000 fãs e uma série de ítens a disposição dos consumidores em sua página oficial, deve em grande parte ao trabalho desenvolvido pelo mestre Stacy Peralta.

Stacy,  um Z-Boy original, é o cara que sempre esteve na hora e lugar certos.

Ajudou a conceber o skate em transições e participou ativamente da crew dos Z-Boyz.  Foi um dos mais bem-sucedidos empresários de skate na década de 80 através da  marca Powell-Peralta, fundada em sociedade com Geoge Powell e responsável pela criação da equipe Bones Brigade.

Se não fosse o bastante, ainda se reinventou no cinema contando todas essas histórias através dos premiados documentários ‘Dog Town and Z-Boyz’ e, mais recentemente, ‘Bones Brigade, An Autobiography’.

Voltando pros Bones Brigade. O fato é que esses caras param as atenções onde quer que seja, desde aquela época até os dias de hoje.

Dropando a onda vintage da última edição da TRIP - que aliás estampa o Tom Carroll  na capa - recapitulamos uma história real dos bastidores de um evento que entrou para os anais do esporte no Brasil.

Se um simples movimento de Steve Caballero ou Tony Hawk ainda faz tanto barulho, imagina em 1988,  época do Sea Clube Overall Skate Show? O skate bombava forte e caminhava a passos largos rumo a profissionalização, contava com duas revistas especializadas e um batalhão de skatistas nas ruas e nas pistas ávidos por ídolos e novidades. Importante lembrar que a internet não havia sido nem fecundada nessa época, logo um peixe do peso de Hawk, no auge da carreira, valia oito vezes o preço de hoje.

Dispostos a revolucionar, o pessoal da revista Overall bancou junto com a extinta marca Sea Club - do grupo Alpargatas-  a vinda de dois desses mitos da Bones Brigade pro Brasil. Desembarcaram aqui Tony Hawk e Lance Mountain, com shows marcados para dois dias de Abril, sábado e domingo, no também extinto e saudoso Projeto SP da Rua Caio Prado, na capital paulista.

Puta frisson. Mídia em cima. Saiu em capa de revista, de jornal,  no rádio e outdoor. Chegaram com status de pop-star de primeira grandeza. Naipe de Neymar e Beyoncé.

Produção caprichada, tudo preparado, milhares de ingressos vendidos e a banda Inocentes, também no auge, a postos pra amplificar.

Em cima da hora uma ingrata surpresa. Hawk, que havia trazido prancha e tava mais afim de surfar, caiu desfalecido vomitando verde algumas horas antes do 1o dia da sua apresentação. O médico oficial de plantão, Dr Oskar Metsavaht, hoje à frente da grife carioca mundialmente famosa Osklen, o direcionou para um especialista. A coisa estava feia. 

Reviramos os arquivos e chegamos em Annibal Neto, o fotógrafo e colaborador internacional responsável por receber os gringos durante o evento. Segundo ele, Hawk que estava hospedado no tradicional hotel Brasilian Palace, localizado no centro da cidade, foi deixado ‘solto’ por algumas poucas horas naquela fatídica quinta feira, 07 de Abril, que antecedia o primeiro dia oficial, para que ele  pudesse ir até sua casa se recompor com um banho rápido e demais providências.

Nesse curto intervalo, o jovem Anthony Frank Hawk resolveu se aventurar numa investida gastronômica pelo centro da cidade em busca de novidades. E lá foi ele,  tomando contato com comidas típicas de rua:  churrasquinho grego, sanduíche de pernil, coxinha, esfiha, cachorro-quente e outras especiarias, como se não houvesse amanhã.

O bicho literalmente pegou e o resultado foi traduzido em jatos de vômito verde, alguns quilos a menos e a completa impossibilidade de se apresentar no primeiro dia do maior evento da história do skate até então.   

E o que fazer nessa hora? Em que boa parte da plateia ali a postos vislumbrava naquele momento o ápice de suas existências?  

Paulo Lima, organizador do evento e publisher da Overall, tomou duas providências fundamentais. Chamou Hawk, mesmo tendo atingido os tons de pele verde e branco e quase desmaiando, para ficar a disposição e mostrar a cara em cima do palco.  Chamou o Clemente (vocalista dos Inocentes) de canto e deu a real. Passou um briefing dizendo que mostraria Hawk em cima do palco pra não ser apedrejado e daria o infeliz recado,  assim que proferisse a palavra ‘’São Paulo’’, a banda deveria entrar rasgando e com o som no talo.

Em seu pronunciamento, Lima, após breve preâmbulo informando as condições de saúde do protagonista e acenando com a possibilidade de devolução da grana dos ingressos - antes mesmo que a platéia ensaiasse vaias  - finalizou com a frase mágica: ‘’E agora com vocês, Lance Mountain e os melhores skatistas do brasil, ao vivo em São Paulo’’!”.

Foi a senha para os Inocentes entrarem no último volume dando pouca ou nenhuma chance a qualquer reação antagônica.

No final, o show de skate predominou, Lance Mountain andou por ele, por Hawk e por quem mais existisse, deixou o half-pipe pequeno. E os skatistas brasileiros, que já mostravam os dentes naquela época, também deram conta do recado e arrebentaram.

Talvez uma media dúzia, não muito além disso, se dirigiu as bilheterias afim de  ressarcimento.  A esmagadora maioria foi embora de sorriso na cara.

No dia seguinte Hawk finalmente se recuperou e as apresentações de Domingo e segunda-feira (bônus) foram um grande sucesso.

A Overall (revista de skate produzida pela TRIP na década de 80) deixou saudades. Extinta no ano seguinte, com uma ajuda do plano Collor, foi lembrada com pompa e circunstância na ocasião da cerimônia de entrega da última edição do prêmio TRIP Transformadores, pelo homenageado Sandro Testinha, reconhecido pelo trabalho de reinserção social com o skate a frente da fundação CASA, antiga Febem. 

Testinha, carismático e inteligente, durante seu discurso de agradecimento sacou no palco uma antiga edição da revista apontando-a como referência fundamental para ter chegado até ali.

Mundo pequeno esse. E assunto para uma próxima, sem regojizo.

 


Trip #230 traz o especial 'Brasil: vai ficar ou tá afim de ir embora?'

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Nossas duas capas de março. Nas bancas a partir de hoje, quarta-feira, dia 12 de março

Nossas duas capas de março. Nas bancas a partir de hoje, quarta-feira, dia 12 de março

A edição de março da Trip traz o especial Brasil: vai ficar ou tá afim de ir embora?

Criolo, Maya Gabeira, Ronaldo Fraga, Carlos Burle, Gilda Midani, Iggor Cavalera, Carlos Nader, Francisco Bosco, Dudu Bertholini, Carlos Saldanha e mais de 100 pessoas refletem sobre cair fora, ficar por aqui, viver em trânsito e sobre um dos momentos mais estranhos da história recente do país.

Páginas Negras: Karim Aïnouz

Páginas Negras: Karim Aïnouz

Nas Páginas Negras, entrevista com o Karim Aïnouz. Por que um dos maiores nomes do cinema nacional foi viver em Berlim?

Luciana Pádua relaxa (linda e nua) em Paraty

Luciana Pádua relaxa (linda e nua) em Paraty

E nossa Trip Girl vem direto do interior de São Paulo. Luciana Pádua nasceu há 26 anos em Suzano, mas por lá não ficou muito. Já morou na periferia de Buenos Aires e, agora, pode ser encontrada em Paraty, onde vive fazendo massagem na praia.

Trip está nas bancas a partir desta quarta-feira, 12 de março.

* Para os assinantes as revistas já estão sendo entregues. Se você não receber, por favor, entre em contato com a Central do Assinante (segunda a sexta das 9h às 18h): São Paulo: (11) 3512-9465 // Rio de Janeiro: (21) 4063-8433 // BH: (31) 4063-8482.

Trip #230 traz o especial 'Brasil: vai ficar ou tá a fim de ir embora?'

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Nossas duas capas de março. Nas bancas a partir de hoje, quarta-feira, dia 12 de março

Nossas duas capas de março. Nas bancas a partir de hoje, quarta-feira, dia 12 de março

A edição de março da Trip traz o especial Brasil: vai ficar ou tá a fim de ir embora?

Criolo, Maya Gabeira, Ronaldo Fraga, Carlos Burle, Gilda Midani, Iggor Cavalera, Carlos Nader, Francisco Bosco, Dudu Bertholini, Carlos Saldanha e mais de 100 pessoas refletem sobre cair fora, ficar por aqui, viver em trânsito e sobre um dos momentos mais estranhos da história recente do país.

Páginas Negras: Karim Aïnouz

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Luciana Pádua relaxa (linda e nua) em Paraty

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E nossa Trip Girl vem direto do interior de São Paulo. Luciana Pádua nasceu há 26 anos em Suzano, mas por lá não ficou muito. Já morou na periferia de Buenos Aires e, agora, pode ser encontrada em Paraty, onde vive fazendo massagem na praia.

Trip está nas bancas a partir desta quarta-feira, 12 de março.

* Para os assinantes as revistas já estão sendo entregues. Se você não receber, por favor, entre em contato com a Central do Assinante (segunda a sexta das 9h às 18h): São Paulo: (11) 3512-9465 // Rio de Janeiro: (21) 4063-8433 // BH: (31) 4063-8482.

Bob sobre a água

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Bob Burnquist é como criança que apronta. Se fica muito tempo quieto, pode esperar que aí tem. Dito e feito: na sua última brincadeira, o brasileiro uniu dois esportes irmãos em um mesmo lugar. Bastou criar uma pista de skate flutuante.

O esquema não é totalmente novo. Uma minirrampa que boiava também foi construída em 2013, mas a pista usada por Bob, além de maior, permite um leque muito maior de manobras, saídas e entradas. No vídeo abaixo, em inglês, o atleta conta um pouco da aventura aquática.

Fundo de quintal

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Essa pauta é da Nike SB e foi publicada na Trasher, a bíblia do skate norte-americano. Interessante ver como as coisas vêm se transformando no mundo do skate, com marcas comerciais fornecendo conteúdo para mídia através de filmes muito bem produzidos.

Me refiro ao vídeo da sessão de estreia do jovem skatista Ben Raybourn, que marca sua entrada na Nike, e em poucos minutos ganhou o mundo através da rede. “Na moral, um dos momentos mais animais da década para quem gosta de bowl, piscina e rolê com vontade! Esse anda!’’

O comentário entre aspas, não é meu, mas dos caras do site Black Media, www.blackmedia.com.br, responsável pelo furo de reportagem no Brasil.

O Black Media, na minha opinião, é o site de skate mais legal da atualidade.

Atualização constante, conteúdos quentes e principalmente bons vídeos (a mola mestra do esporte) disponiblizados às pencas em ritmo diário. Linguagem legítima das ruas e um contato bem íntimo com o público,  suportados por uma campanha de divulgação criativa e bem humorada.

Tudo isso faz do Black Media  referência para quem quer tentar entender o que se passa por trás desse universo maluco e em constante mutação que é o skate, e  que hoje já deve passar fácil dos 6 milhões de praticantes no país.

A última pesquisa oficial, feita em 2009/2010, pelo instituto Data Folha, apontou 4 milhões de praticantes.  Desde então, o esporte deslanchou de uma forma que dá pra arriscar ter crescido o dobro.

Veja o vídeo de Ben Raybourn e tire suas próprias conclusões:

Dono de um estilo polido, controle absoluto e confiança de sobra, Ben sintetiza o estilo de alguns mestres do skate moderno em piscina como Peter Hewitt, Toni Trujillo, John Cardiel e Omar Hassan, para ser mais específico.

Peter Hewitt é um dos  mais estilosos e influentes skatistas especializados em transição do mundo. Não participa de campeonatos. E Ben Raybourn é a evolução do skate característico desta geração.

A predileção por andar entre amigos numa piscina de fundo de quintal em detrimento às grandes competições é senso comum entre eles.

Quem sempre me comentou sobre a base consistente e o estilo vistoso de Peter Hewitt foi Daniel Kim, um dos skatistas mais talentosos, legítimo e controverso que conheço. Dono de um estilo fluido, leve e um dos “legends mais em forma da atualidade. 

Daniel é um dos protagonistas do primeiro episódio da série ‘’Skate no quintal’’, programa quinzenal com estreia prevista para o mês de Julho no canal OFF. A série foi realizada pela produtora TX Filmes, em parceria com o “legend e multi-campeão das modalidades vertical e street na década de 80, Mauro Mureta.

O programa  foi inspirado nas tradicionais sessões regadas a churrasco e cerveja na rampa que fica localizada no quintal da sua casa (com três décadas de história) e  aborda um sonho que transcende gerações.

Andar  numa sessão restrita aos amigos, e na pista favorite,  equivale a busca pela onda perfeita. Liberdade e prazer se misturam a uma evolução técnica que vem num ritmo mais acelerado, fazendo com que todo skatista de verdade almeje a conquista do próprio espaço.

Kim ainda não possui a sua,  mas é local de carteirinha da casa do Mauro, que por sua vez enxerga no descendente de coreanos grande referência.

Não só  Mauro, mas muitos outros de diferentes gerações, incluindo o colunista de plantão. 

Num episódio recente Daniel recebeu um elogio rasgado de Jake Phelps, editor da  revista Trasher em visita ao país. Phelps disse que ele era o melhor e que o amava.  Tudo bem que Jake já estava levemente alcoolizado, mas se as verdades são ditas em momentos como esse - e ele passa boa parte do tempo neste estado dá para dizer que estava normal.

Veja Daniel andando e tire suas próprias conclusões. Em breve na sua TV. Ou no seu quintal.

True to this celebra a maioridade da Volcom

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Divulgação

Pôster do filme

Pôster do filme

‘’Fiel a Isto’’, assim, literal, é a melhor tradução ao termo ‘True to This’, título do filme que celebra a maioridade da marca Volcom.

A marca está presente nos cinco continentes e atua nas cenas do surfe, skate e snowboarding  (reforçada com música e arte)  com um exército de 47 atletas bem distribuídos entre as três principais modalidades dos esportes de prancha.

Deste contingente, 10 atletas são brasileiros e se destacam entre os top riders da marca em nível mundial.

No skate, nomes como o do campeão mundial de bowl Pedro Barros e da medalhista de ouro nos X-Games Letícia Bufoni, fazem contrapeso aos fenômenos David Gonzalez (skatista do ano nos EUA em 2013) e Ryan Scheckler, um dos maiores acumuladores de troféus, fama e grana do mundo das quatro rodinhas.  

No surfe, figuras por enquanto menos conhecidas como Yago Dora, jovem promessa brasileira, se misturam aos badalados surfistas Dusty Payne e Ozzie Wright, compondo um caldeirão interessante. O ponto forte dessa mistura é, principalmente, a diversidade cultural e de estilos que tornam a marca referência, seja nas areias de Pipeline ou nas pistas de concreto na Califórnia, nas montanhas geladas do Colorado ou na recém-reformada Praça Roosevelt, no centro de São Paulo.  

Algo bastante improvável em meados 1991, ano da sua fundação. Naquela época, 21 anos atrás, o casamento entre o surfe e skate, diferente do que se imagina, não era algo tão óbvio.

Explico: mesmo o skate tendo surgido a partir da cultura do surfe entre as décadas de 60 e 70, foi a partir dos anos 80 que cresceu e se organizou como esporte, ganhando vida e personalidade própria.

No final do anos 80, após viver o ápice comercial de sua história precoce,  o esporte experimentou o sabor da crise. Coincidentemente, nos Estados Unidos e também no Brasil.

No hemisfério norte o motivo foi a legislação da época, que obrigou as pistas de cimento a fecharem as portas devido às altas indenizações pagas pelo governo aqueles que ali se acidentavam, fazendo com que a modalidade vertical (que engloba bowls e half-pipes), motor do mercado até então, simplesmente se extinguisse da noite pro dia.

No Brasil, graças ao plano Collor que afundou a economia do país e levou o mercado de skate junto.

Foi nesse clima de resistência que se consolidou - com força - o street skate.  

A modalidade, que preza a liberdade de andar nas ruas usando a arquitetura urbana como obstáculo para manobras e fonte de inspiração (algo secundário lá nos anos 80), se firmou como símbolo de sobrevivência no começo da década de 90. 

Foram esse skatistas fissurados (na real, uma molecada inconformada disposta a simplesmente andar de skate) que mantiveram a chama acesa em tempos de crise.  Como consequência, criaram um cenário mais urbano para o esporte. Para essa turma, o surfe nada tinha a ver com o skate e deveria simplesmente ser ignorado.

Mesmo com as linhas cruzadas desde os anos 60, propor o casamento entre os dois esportes em 1991 era algo fora de cogitação em termos comerciais.

De saco cheio de seus trabalhos e da mesmice,  Richard Woolcott e Tucker Hall, durante uma viagem de snowboard no inverno de 1991, resolveram inovar na construção daquilo que acreditavam: um estilo de vida movido pelo prazer de deslizar a bordo de pranchas nas mais variadas superfícies, ignorando pequenos preconceitos e misturando elementos da arte, da música, do surfe e do skate,  na mesma gaveta. 

A estética e o som do movimento punk invadindo as praias, o descompromisso do surfe invadindo as ruas e o snowboard bebendo na fonte para se inventar como estilo de vida,  fizeram com que esse movimento superasse os objetivos da marca e ganhasse corpo e forma ao redor do mundo, se materializando como aquilo que hoje é conhecido como boardriding. A cultura integrada dos esportes de prancha. 

“True to This” carrega toda essa simbologia.

Um casamento fiel e duradouro, editado em 35 minutos,  apresentando um exército talentoso que “dichava” as mais variadas e desafiadoras condições nos esportes mais plásticos que conheço. Colírio pros olhos.

Veja o trailler abaixo. Vale conferir.

Vai lá:

A pré- estréia acontece na próxima terça-feira, dia 25 de março, no Centro Cultural B_arco em São Paulo em festa fechada para 600 convidados com apoio da TRIP.  

No digital,  ela acontece no site da marca www.volcom.com.br no dia 31/03 e ficará disponível durante 24 horas.

 

True to This

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Do campeão mundial de skate Pedro Barros à jovem promessa do surf Yago Dora, do arquiteto Carlos Motta ao transformador Sandro Testinha, passando por lendas das quatro rodinhas como Leo Kakinho, Biano Bianchin e Nilton Urina, a premiére de lançamento global do filme ‘’True to This’’ - organizado pela Volcom e apoiado pela TRIP - reuniu representantes fiéis dos quatro cantos do surfe, skate e snowboarding que puderam assistir em primeira mão, o filme cuidadosamente produzido pela marca e que reune o melhor e mais atual conteúdo sobre o mundo das pranchas.

Fugindo da fórmula tradicional de "vips + beatiful people + gente-da-moda" que predomina em boa parte dos eventos realizados quase toda noite nas principais capitais, a premiére juntou uma turma que realmente faz acontecer na cena dos esportes de ação, lembrando as boas festas do passado: amigos, boa música, cerveja, e principalmente gente de guarda baixa, desarmada de pose,  estampando sorriso no rosto, coisa rara de ver atualmente na selva noturna paulistana.

Sobre o filme, 600 privilegiados puderam assistir em primeira mão e aprovaram. 

A TRIP não vai deixar você de fora e estamos liberando, numa só tacada, os quatro websódios de pré-lançamento do "True To This" para esquentar o clima do lançamento mundial na web, no próximo dia 31 de Março.

Confira ou se arrependa!

Webisode #1: Volcom - The Making of "True To This" - Episode 1: "20 year itch”

Webisode #2: Volcom - The Making of "True To This" - Episódio 2: "It's Not You... It's We"

Webisode #3: Volcom - The Making of "True To This" - Episódio 3: "Not New To This”

Webisode #4: Volcom - The Making of "True To This" - Episódio 4: "The Indefinite Ride’

Minhas medalhas são músicas

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Diferente da maioria dos esportes tradicionais, e até os radicais como o surf,  o circuito competitivo de campeonatos não tem um peso determinante na cena do skate atual.

Assumindo definitivamente o papel de uma indústria, o skate conta com uma relação muito próxima com grandes marcas patrocinadoras que acabam conquistando uma certa liberdade autoral para seus atletas. A parceria com essas grandes marcas de roupas, shapes e outros assessórios cria diversas possibilidades para a carreira dos skatistas, que podem deixar as tradicionais competições em segundo plano para encabeçarem grandes projetos audiovisuais. Talvez por isso grandes filmes sempre tiveram um papel muito importante na história do skate, muitas vezes apresentando pela primeira vez para o grande público verdadeiros mitos que nunca se destacavam nos grandes campeonatos.

Para os atletas desse perfil a verdadeira vitória está muito mais ligada ao roteiro dos filmes que estrelam do que qualquer outra coisa. A primeira conquista já acontece nos longos meses de captação que normalmente são viagens espetaculares por todo o mundo. Quanto mais material, melhor, é claro. Na sequência, o que acaba se tornando importante é a parte do filme em que vai passar a session de cada um dos skatistas. A entrada do filme e a última cena sempre acabam sendo as partes mais cobiçadas. Mas o que acaba se tornando uma verdadeira medalha de reconhecimento é a quantidade de músicas que cada skatista conquista no roteiro do filme.

Com essa ideia na cabeça, resolvemos fazer um levantamento de quem são os skatistas que tiveram mais músicas nos filmes que julgamos mais clássicos. No final tivemos uma feliz surpresa: em vez de um skatista achamos um filme em que só o sensacional Dinosaur Jr. emplacou quatro músicas, além de mais outras duas de outros projetos de seus integrantes.

Se você sentir falta de algum, por favor comente pra deixarmos ainda mais completo. 


Mike Carroll

Filme: Plan B - Questionable (1992)  
Beastie Boys - The Biz vs. The Nuge
Beastie Boys - Time For Livin'
Del Tha Funkee Homosapien - Burnt
Beastie Boys - Stand Together

Filme: Girl - Goldfish (1993)
De La Soul - Oodles of O’s
Gang Starr - Words from the Nutcraker

Filme: Girl - Yeah Right! (2003)
I.M.P. -Frisco
Scarface - Born Killer


Arto Saari

Filme: éS - Menikmati (2000)
Kosta Jylha - Wedding Waltz
The Sentinals - Big Surf
CKY - Testing

Filme: Flip - Sorry (2002)
Chuy Reyes & His Orchestra - Oink, Oink Mambo
David Bowie -1984
David Bowie - Rock 'n' Roll Suicide


Tom Penny

Filme: FLIP - Sorry (2002)
Jerry Shard & His Music - Can, Can, Can
Édith Piaf - La Vie En Rose
The Velvet Underground - Venus in Furs
Mr. Dibbs - Side A Excerpt


Eric Koston

Filme: Girl - Yeah Right! (2003)
Frank Black - Los Angeles
Prince - Let's Go Crazy

Filme: Lakai - Fully Flared (2007)
Public Enemy - Night Of The Living Baseheads
Public Enemy - Harder Than You Think


Marc Johnson  

Filme: Lakai - Fully Flared (2007)
Q Lazzarus - Goodbye Horses
Fischerspooner - All We Are
She Wants Revenge - Us


Rick McCrank

Filme: éS - Menikmati (2000)
R. Carlos Nakai - Cavaransera
Raveing Lunatics - Hammering On My Sitar
Red Army Choir - Volga Boatmen's Song


Anthony Van Engelen

Filme: Alien Workshop - Photosynthesis (2000)
Chemical Brothers - Dream on
Iggy Pop and the Stooges - Search and Destroy
Thurston Moore - Root (25 Guitar Pieces remix)


Jason Dill

Filme: Alien Workshop - Photosynthesis (2000)
Phillip Glass - The Ark
Radiohead & Unkle - Rabbit in the Headlights
Radiohead - Polyethylene


Josh Kails

Filme: Alien Workshop - Photosynthesis (2000)
DJ Shadow - Red Bus Needs to Leave
Freddie Fox - 24 Hrs
Black Rob - Whoa

 


Vicente Alvarez

Filme: Preety Sweet (2012)
Suicidal Tendencies - Suicide's An Alternative/You'll Be Sorry
NWA - Straight Outta Compton
Trujillo Trio - Trunk Boyz


Patt Duffy

Filme: Plan B - Questionable (1992)
This Martal Coil - Andialu
Primus - Tommy The Cat
The Doors - Riders On The Storm


Danny Way

Filme: Plan B - Questionable (1992)
Big Drill Car - Take Away
Bad Religion - Heaven is Falling
Pennywise - Living For Today


A banda que emplacou mais músicas num único filme: Alien Workshop - Mind Field (2009)
Salve J Mascis, viva o Dinossaur Jr. 
Dinosaur Jr. - Almost Ready
Dinosaur Jr. - Grab It
Dinosaur Jr. - Crumble
Dinosaur Jr. - Repulsion

*músicas das outras bandas dos membros do Dinosaur Jr:
J Mascis - Creepies (J Mascis é o guitarrista, vocalista e gênio por trás do Dinosaur Jr.)
Sebadoh - K-Sensa-My (o Sebadoh é capitaneado por Lou Barlow, baixista do Dinosaur Jr.)


Black Stars

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Folheando a última edição da TRIP lançada semana passada, especial corajoso sobre rascimo que estampa na capa os dizeres ‘’ser negro no brasil é f*da’’ , uma matéria chama atenção para o fato de existirem poucos surfistas negros no cenário mundial. É bom enfar que o Brasil é, sem dúvida, o país que mais contribue fornecendo talentos de pele escura e estilo vistoso entre as principais nações do surfe.

A matéria, escrita pelo competente Fernando Gueiros com tempero de Julio Adler,  merece ser lida com calma e começa elencando um time de peso de surfistas negros de encher os olhos.

Pegando carona no tema, fiz uma listagem, bem informal aliás, dos skatistas negros que marcaram época e deixaram um legado: de estilo, atitude, manobras, influência. Enfim, uma pequena homenagem a essas figuras por contribuirem para que o skate seja o esporte de perfil mais heterogêneo que conheço, acolhendo as mais variadas cores e origens, valorizando a diversidade e garantindo espaço para todas etnias, sem distinção, e também, naturalmente, sem dar muita bola pro assunto:

Bola 7(in memorian);  Fabio Bolota; Paulo Coruja;  Bruno Brown; Sergio Negão; Luis Neguinho; Antonio ‘’Thronn’’ dos Passos Junior ; Wilson Ito; Wilson Neguinho; Beto or Die;  Taroba; Tarobinha; Ari Bason; Willians Indião(in memoriam); Ricardo Mikima; Alessandro Ramos; Luis ‘’Come Rato’’ Jesus; Roberto Ho Ho; Sinistrinho (in memorian); Rogério Sammy;  Kamau; Sorrico; Fabio Luiz Parteum; Everton Tutu; Alexandre Tizil;  Zik Zira; Rodrigo TX; Alex Carolino; Gui Da Luz; Jay Alves; Cara de Sapo; Ricardinho Pires; Paulo Piquet; Jorge Negretti;  Cristiano Nego Bala; Denis Buiú; Ataliba Campon (in memorian);  Zé Bolha Campon; Diego Oliveira; Marcelo Formiguinha; Maninho; Sandro Testinha; Augusto Fumaça e Felipe Gustavo.

A ideia foi reunir os mais emblemáticos entre todas gerações e modalidades, aqueles que contribuiram e deixaram rastro. Você pode ficar à vontade para criar a sua própria lista ou complementar a minha, afinal, somos todos pretos. 

“Sponsor Me Tapes” e o primeiro shape grátis.

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Se em nosso post de abertura tentamos mostrar que o reconhecimento no skate vai muito além daquilo que passa na tv e nos campeonatos, nesse post queremos falar sobre a importância do dia em que um menino que está acostumado a se divertir andando de skate vira um skatista profissional.

Continuando nessa linha, o raciocínio é mais ou menos o seguinte: se uma música num filme fodão de uma das grandes marcas da cena vale mais que uma medalha, um shape com o próprio nome vale mais que qualquer diploma. E esse processo acontece como em qualquer faculdade normal - são duas festas: a do dia em que você entra e a do dia em que você se forma (essa última, muito mais emocionante). Tem a felicidade do dia em que você entra para uma crew, passando a ter o shape patrocinado por alguma marca, e tem a felicidade muito maior quando você passa a ter o seu próprio modelo.

Claro que entrar para algumas dessas marcas - e aqui estamos falando especificamente de shapes - não é nada fácil. As “Sponsor Me Tapes” são um meio clássico e funcionam mais ou menos como o nome traduz: o skatista grava diversas imagens, faz uma edição legal e sai entregando (na maioria das vezes, ele mesmo) para as marcas e distribuidoras em busca do primeiro shape grátis ;)  

Veja aqui a fitinha que fez o Cory Kennedy entrar pro time da Girl:

Se algum representante das marcas ver potencial no moleque, o processo é mais ou menos o seguinte: primeiro ele começa a receber shapes e outros produtos de graça e esporadicamente aparece em demonstrações (as populares demos) ou em alguma pequena viagem. É, de fato, um período de testes. Se ele representar o passo seguinte é a entrada pro time oficial de amadores da marca - essa é a entrada na faculdade, como falamos acima.

Uma vez amador são viagens, demonstrações, campeonatos, fotos, filmagens, entrevistas - no cenário do skate atual um amador tem praticamente a mesma visibilidade de um profissional. Por exemplo: a capa da edição deste mês de junho da revista Thrasher - a bíblia do skate - traz o jovem Taylor Kirby, recém incorporado ao time de amadores da Deathwish:

Uma vez oficializado como amador, já se inicia a busca pelo sonhado pro model - o shape com seu nome estampado -, que representa a entrada para o time de profissionais da marca. Esse é o diploma.

Seguindo o mesmo exemplo anterior, veja aqui o vídeo do dia em que o Cory Kennedy ganhou seu diploma:

Bom, acho que era isso que gostaríamos de contar, mas como somos viciados em vídeos, resolvemos fazer uma seleção de algumas “Sponsor Me Tapes” de caras tão grandes, mais tão grandes, que atualmente possuem até patrocínio de meia. Degustem!

 

Paul Rodriguez (foi por muito tempo profissional pela Plan B e recentemente lançou sua própria marca de shapes, a Primitive):


Sean Malto (é profissional pela Girl):

 

Bob Burnquist (o nosso Bob MegaRampa é profissional pela Flip):

 

Luan de Oliveira (o também nosso Luan é - também - profissional pela Flip):

 

Antwuan Dixon (é - ou era - profissional pela Deathwish. Atualmente passa um período sabático na cadeia):

 

Dustin Dollin (é profissional pela Baker): 

 

Wes Kremer (é profissional pela Sk8 Mafia):

 

PJ Ladd (é profissional pela Plan B):

 

Jimmy Carlin (é profissional pela Enjoy):

 

Wade Desarmo (é profissional pela DGK):

True to This

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Do campeão mundial de skate Pedro Barros à jovem promessa do surf Yago Dora, do arquiteto Carlos Motta ao transformador Sandro Testinha, passando por lendas das quatro rodinhas como Leo Kakinho, Biano Bianchin e Nilton Urina, a premiére de lançamento global do filme ‘’True to This’’ - organizado pela Volcom e apoiado pela TRIP - reuniu representantes fiéis dos quatro cantos do surfe, skate e snowboarding que puderam assistir em primeira mão, o filme cuidadosamente produzido pela marca e que reune o melhor e mais atual conteúdo sobre o mundo das pranchas.

Fugindo da fórmula tradicional de "vips + beatiful people + gente-da-moda" que predomina em boa parte dos eventos realizados quase toda noite nas principais capitais, a premiére juntou uma turma que realmente faz acontecer na cena dos esportes de ação, lembrando as boas festas do passado: amigos, boa música, cerveja, e principalmente gente de guarda baixa, desarmada de pose,  estampando sorriso no rosto, coisa rara de ver atualmente na selva noturna paulistana.

Sobre o filme, 600 privilegiados puderam assistir em primeira mão e aprovaram. 

A TRIP não vai deixar você de fora e estamos liberando, numa só tacada, os quatro websódios de pré-lançamento do "True To This" para esquentar o clima do lançamento mundial na web, no próximo dia 31 de Março.

Confira ou se arrependa!

Webisode #1: Volcom - The Making of "True To This" - Episode 1: "20 year itch”

Webisode #2: Volcom - The Making of "True To This" - Episódio 2: "It's Not You... It's We"

Webisode #3: Volcom - The Making of "True To This" - Episódio 3: "Not New To This”

Webisode #4: Volcom - The Making of "True To This" - Episódio 4: "The Indefinite Ride’

A história de Mark Gator Rogowski

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Quando o pessoal do site me pediu uma pauta alinhada ao tema da edição de Maio da TRIP, que fala sobre veneno, na hora me veio a história do skatista Mark ‘Gator’ Rogowski.

Assisti “STOKED – The Rise and Fall of Gator’’ (2004) pela primeira vez numa sessão fechada promovida pelo saudoso Resfest – festival dedicado a cultura digital que aconteceu em SP na primeira década dos anos 2000- e desde então nunca mais me esqueci.

Dirigido e produzido por Helen Stickler, o documentário de 82 minutos é um soco na boca do estômago do estrelato e até hoje não sei bem o motivo de não ter saído da sombra por aqui.

Reúne os venenos causados pelo drama de uma história de ascenção e queda, que leva o protagonista da glória ao ostracismo num piscar de olhos e traz embutido uma visão bastante singular sobre o veneno da fama.

Mark Gator foi um dos ícones do skate vertical na década de 80. Não era extamente um papa troféus como Tony Hawk ou um mestre do estilo como Cristian Hosoi, mas era extremamente talentoso e tava sempre ali marcando presença nas finais dos principais campeonatos de half-pipe da época.  Seu estilo peculiar e sua atitude irreverente chamavam demais a atenção e o destacava aonde quer que fosse.

Impulsionado por uma bem sucedida parceria comercial com a marca Vision, seu modelo de shape assinado –com um grafismo new-wave totalmente lisérgico- projetou a marca ao topo do mercado. Rapidamente se tornou massivo fenômeno comercial fazendo da tábua de madeira estampada um objeto de desejo.

Mesmo não sendo o número um em performance, Gator estava no topo. Seu jeito de ser e sua linha de produtos personificavam a risca a imagem identificada e desejada pelos skatistas nos quatro cantos do planeta.

O sucesso se traduziu em fama, grana, mansão em Hollywood, viagens, enfim, na vida de sonho de um verdadeiro popstar. Tudo ia bem quando de repente apagam-se as luzes e num piscar de olhos o skate vertical simplesmente acaba, se disssipa. Como um furacão que veio e foi embora, deixa de existir. Parte pela questão das pistas que fecharam as portas num efeito dominó em função das altas indenizações pagas aos frequentadores que ali se acidentavam, e parte porque tava na moda e passou. Muita gente virou as costas e foi fazer outra coisa.

Foi nesse movimento de transição no final da década de 80 para início dos anos 90 que se consolidou o street. Liderado por moleques de 15 anos querendo romper o padrão e que torciam o nariz para qualquer coisa que remetesse ao passado recente.

Gator caiu no ostracismo. Tentando se adaptar a nova era, foi pras ruas, não obteve sucesso e ainda acabou sendo ridicularizado.  O golpe foi duro demais, ele não assimilou.

Aquela que seria apenas mais uma história de alguém que perdeu tudo o que tinha e levou junto a cabeça, comum no esporte, ganha um contorno trágico  ao extremo.

Mark Gator mata e esquarteja sua própria namorada deixando-a enterrada no deserto.

Cumpre pena de prisão perpétua nos Estados Unidos.

O filme não circulou por aqui mas atualmente está disponível na rede

Assiste lá ou dá uma procurada pelo doc no site da Amazon.

Surfskate

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Reprodução

The Hosoi Hammerhead Surfboard

The Hosoi Hammerhead Surfboard

O surf com o estilo do skate nunca esteve tão presente, vale lembrar que no passado o inverso era a realidade. O primeiro “primo” do esporte criado pelos reis havaianos foi o skate, que nasceu na Califórnia nos dias sem ondas. Os surfistas desmontavam apenas um “pé” dos patins para separar os eixos e rodas e adaptá-los a pequenos shapes de madeira. A idéia era tentar reproduzir as curvas e o posicionamento corporal do surf nas ondas, sobre os primeiros skates no asfalto e no concreto.

Mas nos anos 80/90 com a diminuição dos tamanhos e peso das pranchas, alguns skatistas/surfistas como o ícone Cristian Fletcher iniciaram as manobras aéreas e com pegadas (grabs), exatamente com o mesmo nome das manobras do skate. Mute airs, indy grabs, lien airs e até twists começaram a mostrar o novo caminho do surf moderno.

Dois nomes que fizeram parte da história do skate e se tornaram profissionais que carregaram consigo o status de estrelas dos esportes radicais, Tony Alva e Christian Hosoi. Eles inventaram nos bowls e piscinas manobras que dominaram os esportes de pranchas, além do surf o snowboard e wakeboard principalmente.

Com o passar do tempo esses mestres do “carrinho” visualizaram mais um estágio da influência no surf. Nesse crosssport agora o foco é reproduzir não só as manobras, mas a forma de surfar e o formato das pranchas.

Muito parecidas com um shape de skate essas pranchas não têm o bico, o fundo é bem plano e a rabeta bem larga. A ideia é diminuir o tamanho porém mantendo uma boa área de flutuação, as bordas paralelas dão muita projeção o que garante ao surfista velocidade para passar as sessões das ondas com muitas possibilidades de manobras.

Já Christian Hosoi, o skatista que revolucionou o skate nos anos 80 colocando muita amplitude nas manobras aéreas principalmente, inovou fazendo pranchas no formato de um shape de skate histórico, o Hammerhead, que lembra um tubarão martelo. Esse clássico de sucesso do skate oldschool agora pode ser visto também em alguns picos de surfe da América do Norte. O tubarão martelo de Hosoi volta pro mar em forma de prancha de surf.

De formato duvidoso para uma prancha de surf, no pé de quem entende do assunto até que surpreendeu.
Essas pranchas bem pequenas de tamanho 4’11’’ parecem bem divertidas e com certeza merecem atenção afinal a troca de estilos entre os dois esportes é natural e bem vinda na evolução dos boardsports.

Veja no vídeo:

Luan de Oliveira no Trip TV #28

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Conversamos com o skatista Luan de Oliveira. Aos 22 anos, ele já desponta como um dos principais nomes do skate mundial e é o único representante brasileiro na famosa Street League.
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Esse vídeo é parte integrante do programa TripTV #28
Veja na íntegra aqui: http://www.youtube.com/watch?v=nIMj4IQ146U
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Ana Paula Padrão, Ney Matogrosso e o skatista Pedro Barros no Trip TV

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No episódio desta semana o Trip TV recebe a jornalista Ana Paula Padrão para uma conversa sobre jornalismo, poder, mercado de trabalho e tristeza: "Eu entendi de onde vinha aquela coisa que me incomodava, me machucava, que não me deixava andar. Era isso. O trabalho me definia, me dizia quem eu era".

O programa vai até Florianópolis encontrar com um dos grandes nomes do skate nacional, Pedro Barros, considerado um dos sucessores do mega-atleta Bob Burnquist.

Ainda tem conversa com o cantor Ney Matogrosso, que dá uma geral na sua carreira e abre o jogo sobre Cazuza, drogas, sexualidade e liberdade: "Eu sou um ser humano livre, não tenho medo do que possam pensar ou falar a meu respeito".

E você vai ver o ensaio sensual com Carol Marra, a transexual que colocou a revista Trip na capa do New York Times

Tudo isso no Trip TV da próxima quinta, dia 7 de agosto. É à 1h30, na Band.


Surf sem fronteiras

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Deslizar a toda velocidade sobre a água e, ao mesmo tempo, dar saltos ousados em lagos, rios e até mesmo em terraços de arroz: o skate aquático com winch é a nova sensação entre os esportes de ação

A ideia fundamental não é nova: graças à propulsão de um motor potente, há anos os esportistas são puxados na água em cima de diferentes tipos de pranchas. Porém, a sensação de total liberdade aparece quando o propulsor é tão compacto que cabe no porta-malas de qualquer automóvel de porte médio. Praticar skate na água com winch é o novo esporte da moda e abre perspectivas até então desconhecidas. Em um lago artificial, em um curso de rio ou nos terraços de arroz nas cordilheiras das Filipinas, quase não há limites para imaginar lugares em potencial.

Para viver essa aventura, além do winch, bastam um wakeboard ou kiteboard, um capacete e um calção de banho para dar início à descarga de adrenalina. O winch é um guincho a motor, que acelera o esportista a uma velocidade variável. Como propulsão, serve um motor de 6 a 16 CV, dependendo da transmissão e do tipo de engrenagem. O comprimento da corda varia conforme o tamanho do carretel e da distância a ser percorrida, que não deve ser inferior a 100 metros, a fim de permitir um amortecimento entre o ponto final da corrida e a posição do guincho. O comprimento costuma ser de cerca de 300 metros. Como o esportista e o operador do guincho precisam se comunicar para dar a largada, a corda também não pode ser muito comprida. Obviamente o percurso do surf é de mão única, ou seja, apenas em uma direção, e a corda volta a se desenrolar rumo ao ponto de partida. Para os completos novatos, as primeiras experiências ficam mais fáceis usando um skate no asfalto ou um snowboard na neve.

*Texto publicado originalmente na Trip Alemanha. Tradução: Karina Jannini.

A velha guarda do skate mostra como se faz

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O repórter Luis Roberto Formiga reúne skatistas das antigas e prova que o carrinho não é só coisa de criança.

Amaral, Fluvia Lacerda, grafite e gourmetização no Trip TV #39

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Ele atuou nos principais times de futebol do Brasil, pela seleção brasileira e por grandes clubes do exterior. Aos 42 anos, saiu da aposentadoria para defender o time da sua cidade natal, o Capivariano. Conversamos com uma das mais folclóricas figuras do futebol nacional, Amaral: "Hoje eu estou jogando com pessoas que colecionaram minhas figurinhas".

Conhecida como a Gisele Bündchen da moda plus size, Flúvia Lacerda é uma das mais famosas e requisitadas modelos do mundo. A bela estrela um ensaio sensual exclusiva: "Beleza é você estar bem com a própria pele", garante a modelo.

Inspirados pela verdadeira febre de programas gastronômicos que atinge a televisão brasileira, convidamos um dos mais temidos e odiados críticos gastronômicos do país, o Julio Bernardo, ou JB, para avaliar a qualidade das receitas desses programas: "Chamar algo de gourmet é se aproveitar da falta de parâmetro dos outros e rotular um produto para cobrar mais por ele".

E ainda nesta edição: uma conversa sobre grafite e liberdade de expressão com Rafael Hayashi e Enivo, dois dos artistas responsáveis por uma das obras mais polêmicas dos últimos anos: o suposto Hugo Chávez da avenida 23 de maio.

Roda quadrada? Nosso repórter especial Luís Roberto Formiga mostra uma turma que reinventou a roda para andar de skate pelas ruas esburacadas das cidades.

Shark wheels: um rolê de skate com rodas quadradas

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Reprodução/Trip TV

Shark wheel: roda foi inventada para terrenos acidentados

Shark wheel: roda dá estabilidade para o skatista em terrenos acidentados

Criada por acidente por um inventor e skatista americano, as rodas quadradas - ou shark wheels - foram testadas pelo Trip TV em um dos cenários mais bonitos da cidade de São Paulo, o Museu do Ipiranga.

Nosso repórter multiesportista, Luis Roberto Formiga, explica que a estabilidade da nova roda melhor que a de uma normal, deslizando tranquilamento até em superfícies mais acidentadas: "A roda vai trocando o ponto de apoio, o que a torna realmente redonda na prática, apesar do formato ser um conjunto de retas e curvas."

Quem usa as rodas, garante: "Ao andar com ela, sentimos uma pequena vibração, mas nada que tire a sua estabilidade. Tem uma boa aderência e o slide sai perfeito!", conta o empresário José Leone Creazzo, um dos entrevistados na reportagem.

Financiamento coletivo

Para trazer sua criação à vida, o americano David Patrick contou com o apoio de milhares de pessoas que financiaram o projeto em 2013. Se você curtu a ideia e quer experimentar, dá pra comprar a segunda versão das rodas em uma nova campanha no Kickstarter.

Assista a experiência no vídeo

José Padilha, escritor Ferréz e um skatista gordinho

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